A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (Secadi/ MEC) realizou, nesta segunda-feira (16), reunião com entidades nacionais envolvidas na educação especial pública para discutir a proposta de atualização da Política Nacional de Educação Especial. A Undime estava presente e foi representada pela presidente da seccional Mato Grosso, Terezinha Assmann, Dirigente Municipal de Educação de Brasnorte (MT).
A reunião foi coordenada pela secretária da Secadi, Ivana de Siqueira. Para iniciar o debate, a diretora de Educação Especial do MEC, Patrícia Raposo, falou sobre a realidade da educação especial no Brasil e delineou os conceitos e diretrizes que deverão nortear a política de educação especial, envolvendo a inclusão efetiva e não apenas a matrícula e a acessibilidade plena a todos os recursos que viabilizem o crescimento e aprendizagem dos alunos.
A proposta de atualização da política contempla itens como: prioridades à formação de professores, funcionamento do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e integração efetiva da educação regular com a modalidade da educação especial, em todas as dimensões.
Como contribuições para o debate, a presidente da Undime MT destacou como pontos que merecem atenção: a falta de preparação dos professores para atender crianças no âmbito da educação especial, a falta de estrutura das escolas e a falta de investimento.
A proposta deve ser analisada em consulta púbica, ainda sem data marcada. A ideia é que toda a sociedade e os sistemas de ensino possam debater amplamente o tema, visando melhorias nas políticas de educação especial. “A intenção é que esta proposta seja analisada e efetivada nos mesmos moldes da BNCC, ou seja, com a participação da sociedade, sistemas e organizações de ensino, de forma transparente e democrática”, disse Patrícia Raposo.
Participaram da reunião representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), do Instituto Benjamin Constant, do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), do Conselho Nacional de Pessoas com Deficiência (Conade), do Conselho de Organizações das Pessoas com Deficiência (Corde), da Federação das Associações das Pessoas com Síndrome de Down (Febasd), do Conselho Brasileiro para Superdotação (Combrasd), da Federação Nacional das Apaes, da Federação Nacional de Pestalozzi e da Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB).