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Professores usam arte para falar de racismo e memória

29/11/2018 | Nova Escola

O Instituto Arte na Escola (IAE) entregou, na quarta-feira (28), o 19º Prêmio Arte na Escola Cidadã (Paec) que reconhece o trabalho de professores de Arte nas cinco etapas da Educação Básica.

Mil trabalhos foram inscritos em 2018 e os projetos vencedores abordaram temas como racismo e cultura negra, arte contemporânea e ação política, cultura nordestina e também trabalhos artísticos que exploram memória e pertencimento.

Na edição deste ano foram premiados cinco educadores de escolas públicas da Bahia, Espírito Santo, Santa Catarina e São Paulo.

O projeto “Em busca de sonhos: para além das imagens”, da professora Sonia Maria de Oliveira Ferreira, do Espírito Santo, foi o vencedor na categoria Educação Infantil. A proposta é buscar aproximar a realidade das crianças do universo da arte.

Com uma proposta de diálogo com produções culturais de matrizes africanas, a educadora Rosangela Accioly Lins Correia, da Bahia, foi a premiada do Ensino Fundamental 1. O nome do trabalho é “África aqui, acolá. África em todo lugar”.

Na categoria Ensino Fundamental 2 o prêmio foi para o projeto “Uma viagem com Ariano Suassuna pela cultura e arte nordestina”, da professora Andréa Mendes Avona, de São Paulo.

No Ensino Médio, o professor Jacson Silva Matos, também de São Paulo, foi o escolhido com o “Projeto Conteúdos”, que propõe reflexões poéticas sobre o presente através da arte contemporânea.

Na categoria Educação de Jovens e Adultos, o projeto escolhido foi o de Marcos Antônio dos Santos, de Criciúma, Santa Catarina. O trabalho “Autorretratos: tecendo histórias e memórias”, no qual os alunos resgataram suas memórias através de exercícios de auto representação.

Outros dois professores do Ensino Fundamental receberam menções honrosas: a educadora do Ensino Fundamental 1 Roseli Novak, com o projeto “Curta-metragem, curta! Luzes, Câmera, Há Som”, de São Paulo; e o projeto “Sankofa”, do professor João Alberto Rodrigues, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Cada um dos projetos vencedores teve seu trabalho registrado em um documentário produzido pelo IAE, que será usado como material de formação para outros professores de Arte de todo o país. Os professores premiados também vão receber um prêmio em dinheiro de R$ 10 mil, publicações educativas, certificados e vão participar de vivências culturais na cidade de São Paulo. E as escolas onde eles lecionam também recebem equipamentos (computadores e/ou câmeras) e livros especializados em arte-educação para o acervo de suas bibliotecas.

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Título original: Instituto premia professores que usam Arte para falar de racismo e memória