Encontros reúnem docentes de língua portuguesa e matemática do 2º, 5º e 9º ano, e de ciências da natureza e humanas do 5º e 9º ano do ensino fundamental
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) está realizando, desde o dia 19 de agosto, as oficinas para definir os padrões de desempenho do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Até o dia 11 de setembro, os técnicos da Autarquia se reúnem com docentes da educação básica e consultores internacionais na sede do Inep, em Brasília (DF).
Serão estabelecidos pontos de corte, que delimitarão quatro níveis de desempenho: abaixo do básico, básico, adequado e avançado.
A construção das diretrizes conta com o apoio dos consultores internacionais Eduardo Cascallar e Mariel Musso, especialistas no método Angoff modificado, considerado o mais adequado para a tarefa.
Em 2023, o Inep conduziu a pesquisa Alfabetiza Brasil, que estabeleceu o padrão nacional de alfabetização em 743 pontos na escala do Saeb ao final do 2º ano do ensino fundamental. As oficinas que estão sendo realizadas têm o objetivo de complementar o trabalho com a definição dos níveis de desempenho de matemática no 2º ano e de todas as áreas do conhecimento avaliadas no 5º e 9º anos do ensino fundamental.
Com base na definição dos padrões de desempenho, será possível informar sobre a qualidade da educação no país a partir de critérios. “Certamente é um dos objetivos mais importantes do Inep: conseguir, até o final do ano, estabelecer os padrões de desempenho. Esse trabalho é fundamental para as políticas públicas educacionais mais relevantes do país”, destacou o presidente do Instituto, Manuel Palacios.
As oficinas contam com a participação de docentes de língua portuguesa e matemática do 2º, 5º e 9º ano, e de ciências da natureza e ciências humanas do 5º e 9º ano. “Montamos grupos de professores que vão atuar como juízes nessa metodologia. São pessoas que trabalham nas áreas que são avaliadas, que têm experiência docente e formação adequada, representando as diferentes regiões geográficas brasileiras”, explicou a coordenadora-geral do Saeb, Clara Machado da Silva.
Na oportunidade, os docentes puderam conhecer também o Ambiente Físico Integrado Seguro (Afis), onde os testes do Saeb são elaborados.
Com o uso do método Angoff modificado, os professores atuam como juízes e se manifestam sobre o desempenho esperado dos estudantes de cada um dos níveis em um conjunto de itens do Saeb. A partir dessa informação, é possível estabelecer pontos de corte que delimitam os níveis de desempenho.
Avaliação – O Saeb permite que as escolas, bem como as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade da educação oferecida aos estudantes. O resultado é um indicativo da qualidade do ensino brasileiro que oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais.
Por meio de testes e questionários, aplicados a cada dois anos na rede pública e em uma amostra da rede privada, o Saeb reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos estudantes avaliados, explicando os resultados a partir de uma série de informações contextuais.
Saeb – Realizado desde 1990, o Saeb é uma avaliação em larga escala que oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais. Permite que os diversos níveis governamentais avaliem a qualidade da educação praticada no país, a partir de evidências.
Entre outros aspectos, também possibilita a compreensão sobre as condições de acesso à escola e a permanência nela, além de avaliar o quão eficiente é o ensino. Por meio de testes e questionários, a avaliação reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelo conjunto de estudantes no contexto escolar.
Fonte: Inep