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Educação integral, integrada e integradora é tema de debate

11/03/2024 | Undime

Mesa redonda girou em torno da educação que dialogue entre o corpo e a cognição, emoção e relações culturais e sociais. A educação física direcionou a discussão

 

 

A programação do turno da tarde deste primeiro dia de Fórum Regional Nordeste, aberto nesta segunda-feira, 11 de março, em Aracaju/SE, trouxe um tema urgente e necessário: “A Educação Integral, Integrada e Integradora e as Dimensões do Ser (Cognitivo, Física, Emocional, Social, Cultural e Política.

O painel contou com a participação de Aline Zero, coordenadora de Projetos de Educação Integral em Tempo Integral do Ministério da Educação (MEC); Audria Constantin, gerente do Programa Educação Cidadã da Controladoria Geral da União (CGU); Marcos Antônio Faria Junior, professor de Educação Física e Mestre em Educação e Maria Antônia Goulart, especialista em projetos na área de educação, inclusão, tecnologia e empreendedorismo.

O professor Alessio Costa Lima, presidente da Undime e DME de Ibaretama/ CE, foi o mediador dessa jornada educacional. Ele lembrou o quanto é importante trabalhar o aluno enquanto ser integral, ou seja, o corpo, o movimento, o desenvolvimento motor das crianças, que, segundo o presidente da Undime, não devem estar dissociados do crescimento cognitivo, que impactam na aprendizagem e no social.

Para Alessio, as dimensões se complementam e a Educação Integral é uma concepção que compreende a educação como um dever de garantia do desenvolvimento dos sujeitos em todas as suas dimensões e tem como foco a formação de sujeitos críticos, autônomos e responsáveis consigo mesmos e com o mundo.

Ainda no bate-papo, a especialista Maria Antônia trouxe à tona a Educação Integral como estratégia de mudança, já que a aprendizagem na educação integral reconhece a singularidade dos sujeitos. Para ela, a qualidade na Educação Integral perpassa por ampliação da jornada, reorganização curricular e uma gestão intersetorial que articule a escola com a rede de proteção. Também deve ser trabalhada na perspectiva de que uma escola integral é uma escola que pesquisa, que produz conhecimento junto e com os estudantes, que promove integração com os diversos saberes e pressupõe os diferentes espaços e tempos.

 

A tecnologia presente na escola por meio de celulares, a regularização dessa modalidade social e pedagógica, a aprovação da BNCC digital e o uso de tecnologias também foram tratadas na mesa redonda. O estudo, a pesquisa e as aulas de Educação Física foram ponte entre os integrantes da mesa e a plateia, por meio da palestra professor de Educação Física e Mestre em Educação, Marcos Antônio Faria Junior.

“Queremos ampliar as experiências que as crianças têm com as diversas práticas corporais e tentar fomentar uma escola mais ativa. Nosso papel foi de trazer dados importantes para os gestores sobre criança e adolescente na região Nordeste em relação aos materiais, em relação aos espaços disponíveis, em relação às metodologias, em relação à formação inicial do professor para que possam contribuir com uma infância mais ativa”, disse Marcos Antônio.

O professor ainda ressaltou que para uma Educação Física de qualidade é preciso que haja interdisciplinaridade e professores que trabalhem o humano dentro da sala de aula, seja em aulas ativas, seja através da realização de projetos para que as crianças e os adolescentes possam se expressar, comunicar dentro da escola e ter recreios ativos, na contribuição do desenvolvimento integral do estudante e também na aprendizagem escolar.