Áreas destinadas à reforma agrária possuem maior número de estudantes, se comparadas às escolas com educação indígena e quilombolas. Dados são do Censo Escolar 2023
De acordo com o Censo Escolar 2023, o número de alunos que estudam nos assentamentos destinados à reforma agrária é o maior entre as escolas de localizações diferenciadas. Ao todo, 418.962 matrículas foram registradas nessas áreas. As escolas que oferecem educação indígena, cuja maioria está localizada em terras indígenas, vêm em seguida, com 302.670 matriculados. Já as escolas em comunidades quilombolas possuem 278.030 matrículas.
Os números, referentes à primeira etapa da pesquisa estatística, foram apresentados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na última semana. O censo revela, ainda, a distribuição dessas matrículas em cada uma das unidades da Federação. O Pará (PA) lidera quando se trata das escolas nos assentamentos (115.865). O Amazonas (AM) tem o maior número de matriculados em escolas que oferecem educação indígena (78.788). Já a Bahia (BA) está no topo da lista no que se refere às escolas em comunidades quilombolas (84.693).
“Os dados mostram que temos uma diversidade de territórios e populações que precisam ser atendidas pelas políticas que estão sendo desenhadas pelo Ministério da Educação, em articulação com os estados e municípios”, analisa o diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Eduardo Moreno. “São escolas estaduais ou municipais. Daí a importância dessa articulação”, acrescenta.
Confira as matrículas de escolas em localizações diferenciadas por UF:
Educação básica – Nesta primeira etapa, o Censo Escolar traz informações sobre todas as escolas, professores, gestores e turmas, além das características dos alunos da educação básica. Ao todo, considerando todas as etapas educacionais, foram registrados 47,3 milhões de estudantes, distribuídos em 178,5 mil escolas.
Censo Escolar – Principal pesquisa estatística da educação básica, o Censo Escolar é coordenado pelo Inep e realizado, em regime de colaboração, entre as secretarias estaduais e municipais de Educação, com a participação de todas as escolas públicas e privadas do país. O levantamento estatístico abrange as diferentes etapas e modalidades da educação básica: ensino regular, educação especial, EJA e educação profissional.
As estatísticas de matrículas servem de base para o repasse de recursos do governo federal e para o planejamento e a divulgação das avaliações realizadas pelo Inep. O censo também é uma ferramenta fundamental para que os atores educacionais possam compreender a situação educacional do Brasil, das unidades federativas e dos municípios, bem como das escolas, permitindo-lhes acompanhar a efetividade das políticas públicas educacionais.
Essa compreensão é proporcionada por um conjunto amplo de indicadores que possibilitam monitorar o desenvolvimento da educação brasileira. Entre eles, estão o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb), as taxas de rendimento e de fluxo escolar, além da distorção idade-série: todos calculados com base no Censo Escolar. Parte dos indicadores também serve de referência para o monitoramento e cumprimento das metas do Plano Nacional da Educação (PNE).
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Fonte: Inep