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Experiências de São José da Laje (AL) e Apucarana (PR)

03/07/2020 | Conviva Educação

Dia 3 de julho, o Conviva realizou o segundo episódio da Websérie Boas Práticas da Gestão. Com vídeos ao vivo e registros dos relatos em texto, a intenção foi mostrar experiências de municípios de diversos estados do país que têm feito um trabalho de qualidade. Os convidados de hoje foram os municípios de São José da Laje, em Alagoas, e Apucarana, no Paraná. O primeiro episódio da Websérie, disponibilizado aqui, contou com a presença de Crateús, no Ceará, e Vacaria, no Rio Grande do Sul. 

As representantes de São José da Laje são: Janaíne Maria dos Santos, técnica de ensino da Secretaria Municipal de Educação (Smed), e Rosiene Omena, diretora na Smed. De Apucarana, participam Marli Fernandes, Dirigente Municipal de Educação (DME), e Rosana Braz da Silva, Coordenadora Pedagógica da Autarquia de Educação. O vídeo, assim como as demais produções do Conviva, pode ser acessado na íntegra na Galeria de vídeos da plataforma. Se preferir, clique abaixo:

Leia resumos dos relatos realizados pelas equipes das secretarias:

Em São José da Laje (AL), a Rádio Escola é um grande aliado na época de pandemia

A suspensão das aulas é uma medida importante para colaborar no isolamento social e conter o avanço do novo coronavírus, pois a escola é um espaço onde o contato é inevitável. Ao mesmo tempo é imprescindível pensar em estratégias que minimizem o distanciamento entre a escola e a comunidade educacional.

Quando as escolas foram fechadas, o município adotou aulas não presenciais e instituiu o projeto de Tecnologia de Aprendizagem em Ação (TAA). Dedicamos duas semanas para o planejamento e, em seguida, retomamos o contato com os estudantes. Em nosso projeto, incluímos várias possíveis ferramentas para que cada escola escolhesse as mais adequadas à sua realidade, assegurando aulas interativas por meio de diferentes plataformas e ferramentas.

Dentre essas estratégias está a Rádio Escola, que em parceria com a Secretaria de Comunicação e com a Rádio Local (LAJE FM 87.9) ultrapassa os muros da escola e chega aos lugares mais remotos do município. O uso do Rádio como ferramenta de aprendizagem tem como principal objetivo levar o conhecimento para a parcela da população que não dispõe de celulares, computadores, tabletes nem tão pouco acesso à internet, principalmente o público campesino de nossas 16 escolas dos anos inicias e 4 escolas dos anos finais com público misto (urbano e campesino). Porém, o conteúdo disponibilizado via rádio pode ser acessado de qualquer parte do mundo uma vez que a Rádio Laje FM 87.9 também está online.

As aulas na rádio são disponibilizadas todos os dias, em horários pré-determinados para cada etapa (anos iniciais e finais do ensino fundamental) e para a modalidade de Educação de Jovem e adultos (EJA). Os horários de aula são divulgados na própria rádio, por meio de carro de som da feira local e nas mídias sociais.

Os temas apresentados envolvem todos os componentes curriculares e procuram ser bem dinâmicos, com participação da família e de alguns profissionais da saúde, incluindo psicólogos, músicos locais, momento do forró, chá literário, debates e gincanas.

Para organizar essas atividades, uma técnica da secretaria fica responsável por fazer a ligação entre os professores e a rádio. Ela também orienta as propostas dos professores e faz complementos, quando necessário. Cada um dos 106 educadores destacados para gravar os programas (sendo 80 de 6º ao 9º de todos componentes curriculares, 26 campesinos e 6 da EJA) fazem um rodízio e preparam os programas. Esses profissionais se deslocam até a rádio ou gravam em suas casas mesmo, muitas vezes usando o Audacity, software de edição digital de áudio que já foi tema de formação das equipes.

> Para visualizar a experiência de São José da Laje na íntegra, acesse aqui o relato.

 

Em Apucarana, formação dos profissionais da educação e atividades não-presenciais

Devido ao período de suspensão provisória das aulas presenciais por conta da pandemia ligada ao Covid-19, a equipe pedagógica da Autarquia Municipal de Educação de Apucarana orientou os profissionais da rede de ensino para uma força tarefa envolvendo direção, coordenação e professores de todas as escolas do nosso município. A intenção foi planejar as melhores formas de desenvolver atividades para o período em que as escolas estavam fechadas.

Organizamos grupos de professores por área e, apoiados pelos técnicos da Autarquia, desenvolvemos uma matriz curricular para as cinco escolas que atendem em período parcial e para as 30 unidades de período integral.

Desde 23 de março, quando as aulas foram suspensas, mandamos atividades impressas. Depois nos organizamos para colocar as propostas também no Google Classroom.

Fizemos treinamentos diversos, tanto para os profissionais da autarquia quanto para gestores e professores. Também contamos com o apoio de alguns alunos universitários de Computação para ajudar na parte técnica e no uso da plataforma.

As crianças da Pré-escola (de 4 e 5 anos) e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental recebem propostas de atividades a cada dia para a realização em casa, com o apoio das famílias. Para a Pré-escola, o foco são as interações e brincadeiras. Para os anos seguintes, cobrimos todos os componentes curriculares. Elaboramos videoaulas e planos de aula coletivamente que foram distribuídos a todas as turmas, e cada educador se dedica a pensar nas melhores estratégias para apresentar os conteúdos e tirar dúvidas de seus estudantes.

Há aulas diárias com duração de uma hora, com videoaulas gravadas por alguns professores da rede e compartilhadas com os demais. Combinamos com os educadores que nas gravações das videoaulas seguiríamos um padrão: estariam uniformizados e fariam o uso de uma TV para identificar o conteúdo do Referencial Curricular do Paraná trabalhado na aula, bem como, as atividades que seriam propostas. Como os conteúdos oferecidos nestes vídeos serão para todas as turmas de mesmo ano, conseguimos garantir um conhecimento comum a todos. Além disso, nossa intenção é montar um banco de materiais em vídeo para que os educadores possam utilizá-los no futuro, então ele deve ser atemporal, não tendo o foco neste momento em que vivemos. De qualquer forma, sabemos que quando as aulas presenciais forem retomadas, teremos que revisar o conteúdo visto durante os meses de escolas fechadas.

> Para acessar a experiência de Apucarana na íntegra, acesse este link.