Ministro da Educação disse que universidades e escolas devem ter plano de aulas remotas, com 'email, Youtube, Skype e internet'
Reitores de universidades e secretários de educação disseram ser pouco viável que as instituições de ensino do País consigam oferecer aulas a distância caso seja necessário suspender as atividades letivas presencialmente por causa do avanço do coronavírus. Nesta quarta-feira, 11, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que as unidades devem ter um plano de aulas remota.
"Você manda as aulas para os alunos, disponibiliza o email, Youtube, Skype, internet para evitar aglomeração e transmissão mais aguda do coronavírus", disse Weintraub, em vídeo publicado no Twitter poucas horas depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar que a rápida expansão do coronavírus pelo mundo já se configura como uma pandemia.
O Estado apurou que a solução apresentada pelo ministro para o caso de suspensão das aulas é inviável tanto nas escolas como nas universidades. Nos colégios pela falta de internet e de computadores nas próprias unidades, o que impede que os professores possam montar as atividades a distância. Além da indisponibilidade de aparelhos eletrônicos na casa dos estudantes da rede pública para que possam acompanhar as aulas virtualmente.
Para os secretários, a solução mostra desconhecimento da realidade dos estudantes e da infraestrutura das escolas.
Nas universidades, a proposta também é considerada inviável já que muitas atividades de pesquisa e a maioria das aulas não poder ser substituída pelo formato virtual.
A opção considerada mais eficaz, caso seja necessário suspender as aulas, seria a alteração do calendário escolar, com a reposição das atividades em outro momento. "Se for para resguardar a saúde dos estudantes, suspendemos as aulas e depois repomos. Até porque, como estamos vendo na China e na Coreia do Sul, a doença tem um ciclo. Ela atinge um pico e depois começa a cair. Tenho certeza que vai acontecer o mesmo aqui e logo voltamos à normalidade", disse Luiz Miguel Garcia, presidente da União dos Dirigentes Municipais de Ensino (Undime).
Confira a íntegra no link: https://bit.ly/2wO2M5J
Fonte: Estadão
Título original: Coronavírus: reitores e secretários de educação dizem que aulas a distância são inviáveis